Queremos que o Estado defenda o vinho brasileiro.


Publicado el 20 de Febrero de 2022


Queremos que o Estado defenda o vinho brasileiro.

Tive a honra de falar com Deborah Villas-Bôas Dadalt, Sócia-diretora do Spa do Vinho Hotel e Condomínio Vitivinícola, assim como da Vinícola Ales Victoria. No seu empreendimento vinho nasceu a ideia da Zona Franca da Uva e do Vinho.Deborah disse: Muitos de nossos hóspedes questionam os altos preços dos vinhos brasileiros, então buscamos um projeto para eliminar os altos impostos sobre o vinho nacional em nossa região enoturística.

Autor: Guillermo César Gómez


No Brasil

No Brasil, o Estado é um mau parceiro há muito tempo, sem visão estratégica, sem perceber como se deve gerenciar o comércio nacional e internacional.

O vinho brasileiro não tem um plano de negócios, o Estado trata a bebida como prejudicial à saúde e os impostos são sobrecarregados, mas por outro lado permite a entrada de vinho subsidiado do exterior, onde é tratado o vinho numa visão mais benévola , como complemento da alimentação ou patrimônio cultural.

Vinho brasileiro

O vinho brasileiro tem que ser protegido, primeiro porque por a grande maioria dos produtores são pequenas vinícolas familiares, sem recursos para seguir se desenvolvendo., além disso, o vinho brasileiro já tem seu próprio mercado interno e, com planejamento de crescimento, pode gerar novos empregos e desestimular o êxodo do campo

O Brasil tem mercado, terras ociosas, pessoas sem trabalho, mas os impostos extremamente altos desencorajam novos investidores, enfim, o Estado quer viver do capitalismo, mas sua legislação desencoraja novos empreendimentos capitalistas.

Capitalismo produtivo & especulação financeira 

O erro conceitual vem dos economistas que são funcionais à especulação financeira e não ao capitalismo produtivo.

O capitalismo produtivo é um círculo virtuoso e inteligente, é o que atualmente faz crescer os países que planejam suas economias.

No capitalismo virtuoso, os impostos são eliminados em uma cadeia de produtos, para gerar em torno desse produto, outros lucros, como turismo, hóspedes em pousadas e hotéis, transporte, restaurantes, etc.

O economista da especulação financeira não consegue entender o que significa reativar o mercado interno, onde os lucros do produtor se traduzem em novos investimentos.

Zona franca genuína

A zona franca genuína não é uma terra remota parasitária que é perpetuamente ajudada, na zona franca genuína vive o trabalhador rural, o empregado do comércio, o profissional universitário e o proprietário. Todos geram riqueza para ajudar a região e o estado, porque o estado não pode ser ajudado quando cobra abusivamente impostos, o estado tem que ser  um parceiro inteligente que permite crescer, para ser mais solvente. 

Patriotismo e vinho

A política tributária do Brasil acaba por evitar um êxodo no campo em, Portugal, Itália e Chile, mas não no Brasil.

Os altos impostos sobre o vinho são um convite para que o produtor abandone as safras (que gera tantos sacrifícios e custos)  e o comerciante restrinja sua adega  para se tornar importador de vinhos estrangeiros subsidiados.

Mesmo assim muitos produtores preferem continuar lutando contra todas essas adversidades, porém  já é hora que a política tributária do Brasil fique do lado dos interesses nacionais.


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O vinho brasileiro

O vinho brasileiro tem que deixar de ser visto pelo Estado como uma bebida nociva (maléfica) à saúde, porque também no excesso, o açúcar, e tantos outros produtos exigem medida e moderação para não serem nocivos.

O vinho Brasileiro e as divisas estrangeiras

O vinho brasileiro pode crescer o suficiente para ser um grande gerador de divisas, para esta missão tem excelentes espumantes e vinhos tintos de muito boa qualidade. Por outro lado tem muita gente procurando trabalho e terras ociosas, tem instituições acadêmicas de enologia de alto nível. Com tudo isso nas mãos,  o Estado precisa parar de punir o vinho com seus impostos absurdos e vê-lo como um grande aliado que pode ajudar a crescer a economia do país e gerar divisas no exterior.

 Rio Grande do Sul

 A zona franca deve ser restrita ao estado do Rio Grande do Sul, pois para que uma zona franca funcione como tal, deve ter obrigatoriamente uma área geograficamente delimitada, um espaço definido que gere movimento, caso contrário as ações se dispersam e não geram volume ou concentração de negócios, além da fiscalização tornar-se inviável.

Ressalta-se que os vinhos de outras regiões do Brasil também poderão ser comercializados neste mercado de zona franca com os mesmos benefícios fiscais.

Comprar impostos

Muitos brasileiros, ao visitar uma pequena vinícola, não querem comprar vinho porque é muito caro, ou seja, não querem pagar 60% da carga tributária nem para experimentar o vinho brasileiro pela primeira vez em sua vida. As pessoas preferem comprar no supermercado um vinho chileno ou português, que tem menos impostos.

Aqui seria preciso perguntar onde reside a inteligência tributária do Estado brasileiro ? que funciona como aliada do vinho estrangeiro e desincentiva o crescimento do vinho nacional. Por outro lado, se o estado tivesse uma compreensão do ciclo de negócios, entenderia que os governos (municipal, estadual e federal) teriam com um aumento no volume de arrecadação, que será gerado pelo incremento de fluxo em toda a cadeia do enoturismo, hoteis, restaurantes, agências de viagem e transporte, etc





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