A vinícola L´Origine e seus vinhos de alta qualidade no Brasil


Publicado el 21 de Enero de 2025


A vinícola L´Origine e seus vinhos de alta qualidade no Brasil

Conversei com Márcio Tadashi Sano e Maristela Tesseroli Sano, proprietários da vinícola boutique no município de Santo Antônio de Jardim, São Paulo, Brasil.

Autor: Guillermo César Gómez

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Em Santo Antônio do Jardim, a vinícola L'Origine está situada em um pequeno pedaço de terra onde, até uma década atrás, a cultura do café reinava absoluta. Sobre uvas, os atuais proprietários só ouviam as histórias dos avós, imigrantes italianos, que, no início do século 19, enquanto cultivavam o café, cuidavam também de pequenos parreirais, cujos frutos se transformavam depois, pelas próprias mãos da família, nos vinhos de garrafão que acompanhavam as refeições e eram oferecidos com alegria aos visitantes que chegavam à casa.

Foi nas terras onde se situa hoje a vinícola L’Origine que surgiu o primeiro vinhedo de uvas nobres na cidade de Santo Antônio do Jardim, tradicionalmente conhecida pela qualidade de seu café, estimulando o surgimento de outras vinícolas e contribuindo para a inserção da região em novos roteiros de vinhos brasileiros.

A origem

A etimologia da palavra origem, deriva do termo latino or?go, que se refere ao início, começo, irrupção, surgimento ou razão de algo, origem é o começo de algo maior.

A história

Aconteceu que uma vinícola bem financiada havia sido instalada em Espírito Santo do Pinhal, mas 5 de seus funcionários, inquietos e pioneiros, sonhavam em fazer seu próprio vinho. Para isso, eles estavam procurando terras até que encontraram um pequeno pedaço pertencente à família de Márcio Tadashi. No começo eles queriam comprá-las, mas no final conseguiram que as terras fossem arrendadas para eles por 10 anos. O café havia sido plantado naquela terra. Os iniciadores deste cultivo de vitis vinifera foram Cristian Sepulveda (enólogo), Otávio (agrônomo e sobrinho de Murillo Regina, pai da poda dupla), André (agrônomo), Edisandro (administrador de empresas) e Roberto Ferrari (paisagista). Essas pessoas começaram do zero para fazer seus próprios vinhos com a uva Shiraz, mas logo foram contratados por outros proprietários de terras para aconselhar sobre como plantar vinhedos para fazer vinhos.

O tanoeiro Francês

A região de Pinhal foi visitada por um tanoeiro francês, que veio porque disse que havia muitas encomendas novas de barricas na França e isso chamou sua atenção. Eram vinícolas brasileiras emergentes que queriam fazer vinhos em uma região historicamente destinada ao café. Em um momento, ele solicitou para tirar uma foto que para ele era única, porque era muito diferente de tudo o que já havia sido visto por ele. A foto mostrava vinhedos com uvas vitis vinifera ao lado de plantações de café.

A deusa do vinho

Quando eu estava pesquisando para fazer o primeiro Panteão de Deuses do vinho, comecei uma das minhas investigações em árabe e lá descobri uma deusa do vinho no Iêmen, uma região histórica de café. Até mesmo os formandos do Master Wine em Londres fazem testes muito difíceis (um conceito arcaico de educação) e eles argumentam que poucos se formam por causa das dificuldades, mas eles não sabem nada sobre a história universal do vinho e sua relação com o café.

Essa ideia de que uvas e café pertencem a universos diferentes é uma ideia falsa, porque no longínquo Iêmen, desde o início, eles foram grandes produtores de café e uvas para vinho. O café (mocha), a bebida mais famosa do mundo, não é apenas o símbolo único do Iêmen, mas o Iêmen também tem uma conexão profunda com as “uvas” que remontam há milhares de anos, personificadas pela deusa do vinho “That Ale” e o "Hino ao Sol Himiarita".

54 Vinícolas

Pode-se dizer que a vinícola L'Origine é a mãe de mais de 50 vinícolas da região. Hoje, neste lugar histórico, Maristela e Marcio Tadashi Sano mantêm vivo o sonho destes 5 pioneiros e cultivam ali a emblemática uva Shiraz dos iniciadores, e também agregaram a uva Viognier, que após passar por barricas de carvalho apresenta diferenças aromáticas e frutadas, diferentes de outras regiões do mundo.

Poda dupla

A poda dupla ou poda reversa busca alterar o ciclo das videiras que, naturalmente, dariam seus frutos no verão, entre os meses de dezembro e janeiro, estação chuvosa no hemisfério sul. A poda dupla permite que a colheita ocorra no inverno,  fazendo com que as uvas amadureçam nesse período mais seco. Esta inovação foi trazida por Murillo Regina.

Saint Hilaire

No século XIX, a região de Minas Gerais já contava com algumas castas portuguesas e francesas, e a produção de vinho era incentivada principalmente pelo clero para ter vinho para as missas.

A observação do francês  Saint-Hilaire, no início do século 19 destacou que, em algumas regiões de Minas Gerais, as uvas colhidas no inverno seco eram de melhor qualidade do que as colhidas no verão.





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